quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Degradação das pastagens: Problemas atuais emergentes

Escola Estadual Frei Caneca
Degradação das pastagens: Problemas atuais emergentes
Alunos: Angélica Lopes Sipriano; Aldair Elton Da Silva; Leandro Teleken de Lima; SuellemTeófilo
Prof. Orientador: Julio Lisboa
Turma:1º ano - Ensino Médio Integrado para Educação Profissional - Curso Agroecologia
Carlinda – Agosto de 2011
Objetivo
   Expor ao publico uma realidade da pecuária atual, onde enfrentamos a dificuldade de manter o nível nutricional dos animais durante todo ano devido a agressiva degradação do solo e, por conseguinte das pastagens.
 Justificativa
   É nosso dever como futuros técnicos em Agroecologia, identificar os problemas, analisar técnicas de melhoramentos e oferecer ao público novas alternativas amigáveis para a recuperação das pastagens, bem como um ótimo dimensionamento da produção em relação quantidade de animais por hectares.
 Problemática
  Na atualidade temos grandes problemas para manter o nível de produtividade dos rebanhos em épocas com pouca pluviosidade, isso devido à dificuldade da pastagem de se recuperar por causa das deficiências nutricionais do solo tanto orgânica como mineral.
  Por outro lado o uso excessivo de uma área com populações de animais acima do suportado pelo solo promove ainda mais a degradação e o surgimento de ervas daninhas.
  Fundamentação teórica
  Segundo CARVALHO, 1993.  A degradação das pastagens é um dos maiores problemas da pecuária do Brasil na atualidade. Estima-se que 80% dos 50 a 60 milhões de hectares de  pastagens cultivadas do Brasil Central, que respondem por 55% da produção de carne nacional, encontra-se em algum estádio de degradação.  Este problema afeta diretamente a sustentabilidade da pecuária. Considerando apenas a fase de recria e engorda de bovinos, a produção animal em uma pastagem degradada pode ser seis vezes inferior ao de uma pastagem recuperada ou em bom estado de manutenção.

MEIRELLES, 1993. Diz que a Degradação de pastagens é um processo evolutivo de perda de vigor e produtividade forrageira, sem possibilidade de recuperação natural, que afeta a produção e o desempenho animal e culmina com a degradação do solo e dos recursos naturais em função de manejos inadequados. 

     É causada por diversos fatores, dentre eles, má escolha da espécie forrageira, má formação inicial, falta de adubação de manutenção e manejo da pastagem inadequado, a degradação precisa ser revertida para garantir a produtividade e a viabilidade econômica da pecuária.
  Para a  tomada de decisão de qual método seguir para a recuperação  é de fundamental importância proceder com um diagnóstico, conhecer o histórico da área, e definir o sistema de produção a ser implantado após a recuperação ou renovação.
  O manejo da pastagem começa com o ajuste quantidade de animal/ área, desta forma as forrageiras estando sob menor pressão de pastejo terão maiores chances de rebrotar e produzir sementes.
  Esta medida também inclui a vedação da pastagem em épocas estratégicas, ou nos períodos que coincidem com a germinação das sementes e o desenvolvimento de novas plântulas.
  A vedação da pastagem, também, favorece o desenvolvimento das plantas mais velhas e produção de sementes, contribuindo para melhorar a cobertura do solo com a forrageira e a disponibilidade de forragem (Carvalho, 1993
     Segundo Meirelles, 1993, “o diagnóstico deve constar informações sobre o clima, classes de solo, topografia, partes químicas e físicas do solo, espécie de forrageira, produtividade, ocorrência de pragas e doenças, manejo animal vigente, perfil dos custos de produção e sistema de produção adotado”.
  A recuperação ou renovação pode ser efetuada de forma direta ou indireta. Define-se como forma direta quando no processo utilizam-se apenas práticas mecânicas, químicas e agronômicas, sem cultivos com pastagens anuais ou culturas anuais de grãos.
   O uso intermediário de lavouras ou de pastagens anuais caracteriza a forma indireta de recuperação ou renovação de pastagens
  Praticas Ecológicas recomendadas
  1. Pastejo rotacionado:
 Subdivisão das áreas de pastagens em pequenas áreas, o qual impossibilita que os animais se desloquem de forma continua compactando mais que consumindo.  Os animais em espaço menores aproveitam mais a matéria verde e se deslocam menos.
  2. Adubação verde:
   Existem leguminosas forrageiras nativas do Brasil e do continente americano, ex: estilosantes, amendoim forrageiro e leucina; e outras exóticas bem adaptadas às diferentes regiões do país, ex: guandu, soja perene e calopogônio. Algumas leguminosas são indicadas como adubo verde a mucuna, labe-labe, crotalária.
  3. Implantação de sistema silvopastoril
   O plantio de árvores e gramíneas em recuperação de pastagens é uma alternativa que deve ser utilizada em áreas com limitações para uso agrícola, notável em declividades acentuadas que erroneamente foram utilizadas para pastagens e que não podem sofrer cultivos e exposição do solo.
 “O gado gosta de sombra. Não come quando está muito quente. E as árvores também podem fixar nitrogênio no solo, especialmente se forem leguminosas. Podemos chegar, inclusive, a um sistema silvipastoril”.
  4.  Recuperação convencional
  Análise do solo, gradagem, correção do solo, através de calagem e gessagem e fertilização com base no analise, porém antes deve se realizar o diagnóstico da área.
 Analise e discussão dos resultados
  Das analises em materiais pesquisados e visitas realizadas nas propriedades da nossa comunidade se pode constatar que as áreas com pendencias graves onde se fez uso de pastoreio intenso com alto numeram de animais por área, houve um maior desgaste da pastagem, onde se pode ver a formação de erosão da terra, o aparecimento de ervas daninha e formação de voçorocas.
  Também observamos o surgimento de grande quantidade cupinzeiros em algumas propriedades, o que indica a baixa fertilidade do solo juntamente com o aumento da acidez .
  Das áreas visitadas 80% apresentam estagio de degradação graves, o que evidenciam uma má formação das pastagens, recuperação lenta da matéria verde, diminuição da população da gramínea estabelecida devido a competência das ervas daninhas, e como visão geral das áreas se observa perda de solo e matéria orgânica.
  Conclusões
  O processo de degradação das pastagens é atualmente um dos maiores problemas da pecuária do Brasil na atualidade.
  As Praticas ecológicas ou amigáveis representa a única opção para a recuperação de nossas pastagens e a devolução do equilíbrio entre animal e ambiente e é de vital importância a participação de pessoas com conhecimentos para ajudar na  processo de conscientização da população da existência do problema e das soluções disponíveis.
    Deve-se incluir a participação politica local das Secretarias de Agricultura, Meio Ambiente Empaer no processo tanto de conscientização como também na elaboração de projetos e assistência aos interessados, bem como assessorias de campo e fomento econômico no desenvolvimento dos projetos.
Trabalho Apresentado na FEMUCI 2011Calinda-MT
"3ª Lugar Ensino Medio Integrado"





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